Nós bebemos demais, fumamos demais,
gastamos sem critérios,
Dirigimos rápido demais,
ficamos acordados até muito mais tarde,
acordamos muito cansados,
lemos muito pouco,
assistimos TV demais e rezamos raramente.
Multiplicamos nossos bens,
mas reduzimos nossos valores.
Nós falamos demais, amamos raramente,
odiamos freqüentemente.
Aprendemos a sobreviver, mas não a viver;
adicionamos anos à nossa vida e
não vida aos nossos anos.
Fomos e voltamos à Lua,
mas temos dificuldade em cruzar a rua
e encontrar um novo vizinho.
Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.
Fizemos muitas coisas maiores,
mas pouquíssimas melhores.
Limpamos o ar, mas poluímos a alma;
dominamos o átomo, mas não nosso preconceito;
escrevemos mais, mas aprendemos menos;
planejamos mais, mas realizamos menos.
Aprendemos a nos apressar, e não a esperar.
Construímos mais computadores para armazenar mais informação,
produzir mais cópias do que nunca,
mas nos comunicamos menos.
Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta;
do homem grande de caráter pequeno;
lucros acentuados e relações vazias.
Essa é a era de dois empregos,
vários divórcios,
casas chiques
e lares despedaçados.
Essa é a era das viagens rápidas,
fraldas e moral descartáveis,
das rapidinhas,
dos cérebros ocos e das pílulas 'mágicas'.
Um momento de muita coisa na vitrine
e muito pouco na dispensa.
Uma era que leva essa carta a você,
e que te permite dividir essa reflexão
ou simplesmente clicar 'delete'.
Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama,
pois elas não estarão por aqui para sempre.
Lembre-se dar um abraço carinhoso num amigo,
pois não lhe custa um centavo sequer.
Lembre-se de dizer 'eu te amo' à sua companheira (o)
e às pessoas que ama,
mas, em primeiro lugar, ame-se... ame-se muito.
Um beijo e um abraço curam a dor,
quando vêm lá de dentro.
Por isso, valorize as pessoas que estão ao seu lado,
sempre.
'Eu não me envergonho de corrigir meus erros
e mudar as minhas opiniões,
porque não me envergonho de raciocinar e aprender'
ALEXANDRE HERCULANO
domingo, 4 de maio de 2008
O Paradoxo do Nosso Tempo - George Carlin
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